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MULHERES NO MEIO EMPRESARIAL: FOCO E TRABALHO

MULHERES NO MEIO EMPRESARIAL: FOCO E TRABALHO

16/12/2019

O mercado de tecnologia ainda é um setor dominado pelos homens, porém esta realidade está mudando aos poucos. Muitos não sabem, por exemplo, que Ada Lovelace desenvolveu o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina; Grace Hopper foi a criadora daquele que é considerado o primeiro software de computador. E não para por aí, outras mulheres também tiveram papel relevante no setor.

Independente de estarem atuando em tecnologia ou em outro nicho, as mulheres são símbolo de trabalho e vontade. Um exemplo é Diana Gubert Spohn, associada Iguassu-IT, sócia da Softise Sistemas Empresariais: desenvolvimento e suporte de software (junto ao marido), e proprietária da loja de confecções Korpus, ambas em Palotina.

Diana iniciou a vida profissional aos 14 anos, quando trabalhou como auxiliar em um escritório de contabilidade, o que gerou experiência no setor contábil e administrativo. Aos 16, foi trabalhar para uma grande empresa de implementos agrícolas, peças e serviços, além de aprender a lidar com o setor de Recursos Humanos. Na mesma época conheceu o futuro esposo que tinha uma empresa de tecnologia com outro sócio.

“As coisas não iam muito bem na parte administrativa: o sócio tendia em investir e focar na parte de cursos de informática e assistência técnica que eram coordenadas por ele, ficando em segundo planto a parte de desenvolvimento e suporte de software que era coordenada pelo meu esposo. Surgiu então a ideia de separarem as empresas, cada qual ficaria com o que lhe competia a coordenação. Ele ficou com a parte de desenvolvimento de software e me convidou para assumir uma parte da sociedade e arcar com o administrativo e financeiro, em que já tinha boa experiência. Foi uma decisão cautelosa, mas aceitei.”

A responsabilidade do cargo seria grande, mas segundo Diana ela estava pronta para o desafio. “Estava bem e contente no emprego que tinha, e havia certa insegurança em assumir tamanha responsabilidade tão nova. Mas a vontade de assumir o risco falou mais alto, me sentia pronta para encarar: fiz minha emancipação e peitei o desafio. Sair de empregado para empregador e de liderado para liderar é uma mudança radical na vida de quem é jovem: pesa a responsabilidade, o compromisso e a maturidade. Mas busquei em quem tinha mais experiência e me embasei em bons exemplos.”

Com o passar do tempo, a empresária superou os desafios e cresceu, assim como a empresa junto aos avanços cada vez maiores do setor. “É vivendo que se aprende. Não existe empreender só na teoria. O amadurecimento se dá na ‘marra’, no erro e no acerto também. Fomos acertando, crescendo, ampliando, conhecendo, buscando e sempre nos aprimorando. Este segmento é fantástico: nunca para e está sempre se inovando. Mudamos trajetórias, fizemos parcerias e, hoje, temos bem formatado o que queremos e como vamos conseguir. Minha função é coordenar o administrativo, financeiro, marketing e parte do comercial. Gosto muito do meu trabalho”, declara.

Com o espírito empreender e pronta para uma nova jornada, Diana optou por iniciar um novo negócio, fora do ramo de tecnologia. “A ideia de abrir algo mais, surgiu uns 10 anos depois, quando a Softise já estava bem encaminhada e os filhos chegaram. Com três crianças, vi uma oportunidade de ter em Palotina mais uma opção para atender clientes como eu. Convidei minha irmã e propus a ideia de abrirmos uma loja infantil (confecção e brinquedos), ela topou e até hoje temos a loja. Atualmente, temos confecções para jovens e adultos e abolimos a seção de brinquedos. Não fico diretamente na loja, mas me mantenho atualizada em todos os departamentos e auxilio nas tomadas de decisões sempre.”

A Loja Korpus, da empresária, é uma boutique de moda feminina e masculina (infantil, juvenil e adulto) e por lá elas são maioria. “Na loja dominamos: somos as duas sócias, duas colaboradoras e uma auxiliar geral.”

Já na Softise Sistemas, que desenvolve softwares para varejo como mercado, farmácia, posto de gasolina e acessórios, a mão de obra feminina é menor. “Ainda é um segmento em que a presença feminina é baixa, pelo menos aqui, mas está começando a ‘tomar corpo’. Já tivemos a percepção de que as mulheres são mais minuciosas e mais capazes em alguns setores da empresa.”

Para a associada, as mulheres tem personalidade, uma visão diferenciada e complementar que faz diferença nos negócios. “Acredito que as mulheres são mais determinadas a realizar e a mudar. Elas também suavizam e estreitam mais o relacionamento com o cliente, principalmente na parte de suporte. Temos o dom de tornar as coisas mais leves e organizadas. Somos comprometidas e temos uma visão estimuladora e positiva, determinadas naquilo que queremos, o que facilita no cotidiano. Vejo também que todos unidos, homens e mulheres, numa associação como esta traz força, representatividade, reconhecimento e ainda é um lugar em que geramos e trocamos mais conhecimentos”, finaliza.

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, a tecnologia emprega, hoje, 1,3 milhão de pessoas no Brasil, mas apenas 20% das mulheres atuam no mercado de TI, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio.

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